Objectivo

Pretende-se com este blog, abrir um espaço de estudo e debate sobre o templarismo em Portugal nos dias de hoje.
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Qual a sua linhagem?
Qual a sua missão?

Non Nobis, Dominie, Non Nobis, Sed Dominie Tuo da Gloriam

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Despertar de Consciências - Contributo de António Cardoso


A consciência é uma qualidade da mente que pertence à esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente, ou do pensamento.
Consciência, no aspecto moral, é a capacidade que o homem tem de conhecer não apenas os valores e mandamentos morais, mas também de aplicá-los nas diferentes situações, no testemunho do nosso espírito, aprovando ou reprovando os nossos actos, o cuidado escrupuloso, a honra, a rectidão e o conhecimento de si mesmo, dos seus actos, dos outros, da natureza, do Universo e de Deus.
A consciência divide-se em consciência fenomenal, que é a experiência propriamente dita, o estado de estar ciente, e consciência de acesso, que é o processamento das coisas que vivenciamos durante a experiência, o estado de estar ciente de algo.
Consciência pressupõe autoconsciência. Não há como alguém estar consciente de alguma coisa, sem estar consciente de estar consciente, dessa coisa.
A autoconsciência é pré reflexiva. Se a autoconsciência fosse o resultado da reflexão, só teríamos autoconsciência após termos consciência de alguma coisa, que fosse dada à reflexão, o que não pode ser o caso, pois, consciência pressupõe autoconsciência. Logo, a autoconsciência é anterior à reflexão.
O autoconhecimento, isto é, a consciência reflexiva ou consciência de segunda ordem, pressupõe a consciência pré reflexiva, isto é, a autoconsciência.  
Quando se actua contra a consciência, ataca-se a parte mais íntima e delicada do Homem: o delicado sistema que o torna livre. Se nos acostumamos a agir contra a consciência, esta deteriora-se: perdemos a luz que nos permite ser livres, ficando à mercê das forças irracionais dos instintos ou da pressão exterior.
Não se deve obrigar o Homem a agir de modo contrário à sua consciência. Mas isso não quer dizer que todas as decisões tomadas em consciência sejam correctas, ou que todas as decisões tenham o mesmo valor. Podemos reprimir os seus actos, não devemos atingi-lo nas suas crenças, pois estas são íntimas e inacessíveis.
Deve respeitar-se a liberdade das consciências, isto é, respeitar o processo pelo qual cada Homem pensa.
O despertar da consciência depende da descoberta e compreensão da identidade individual, como forma de afirmação do Homem.
O percurso deve ser individual, no descobrimento e libertação do Eu interior, dos pensamentos e acções que se encontram sufocados pelo Eu exterior, que age em consonância com o que o rodeia, “quase” obrigado a não ver, a não reflectir e a não agir por si, entrando num estado de adormecimento, vivendo consciências que não a sua.
O Homem revê-se em si próprio, mas não se reconhece, nas formas de crer, estar e agir, que não são suas, mas aceita, pratica e consolida-as. O conhecimento é limitado, condicionado pelo que lhe é dado a ver.
Só errando apreendemos, e perdendo-nos achamos o caminho… mas só se for essa a nossa vontade.
A liberdade de consciência, é uma das características do Cavaleiro e do seu progresso.

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